A mais de onze anos que sou programador (“garoto de programa como dizem os amigos”) e sempre pude averiguar a importância de um sistema de informação para gerir e organizar uma empresa. Os tempos mudaram e com ele a tecnologia tomou conta do nosso dia-a-dia. O uso de papeis está cada vez mais obsoleto e ter um bom software para controlar as contas da empresa se tornou mais que um incremento e sim uma necessidade operacional.
Nos dias de hoje quando falamos em softwares administrativos, não podemos deixar de salientar dois quesitos que devem ser analisados antes de sua aquisição. O primeiro e mais importante é se o sistema é “fechado” ou “aberto”. Um sistema aberto é muito mais fácil de incorporar, pois podemos solicitar aos desenvolvedores algumas atualizações para que o mesmo se adéqüe aos métodos já utilizados na empresa. No caso de sistemas fechados, e o seu adjetivo mais atrativo – “o preço” – não podemos alterá-lo, e como em muitos casos já vivenciados por mim, a empresa teve que fazer uma mudança organizacional para se adequar ao sistema, diga-se de passagem, um erro mortal. Claro que sistemas abertos têm um custo maior, sem falar na mensalidade cobrada, porém os benefícios com a maior certeza ultrapassaram as cifras desse valor pago a mais.
O segundo quesito é a linguagem do sistema, ou a tecnologia que o mesmo foi desenvolvido. Mas ai se questionará: “não sou técnico, o que isso importa para mim e para minha empresa?” Saiba e pasme, a linguagem é o principal quesito quando empresas de mercados desenvolvidos (como o norte americano e o europeu) analisam ferramentas antes da compra. Mas por quê? Em praticamente todas as linguagens é possível desenvolver o mesmo, agora o funcionamento é o principal quesito, e ai vem à velocidade no processamento das informações, a integridade do banco de dados (outro item importante, mas que analisaremos em outra coluna), e o que os empresários sempre analisam antes da compra, a parte financeira do negócio, e o item que pode acabar com esse estigma é a portabilidade. Um bom exemplo é um sistema desenvolvido em Visual Basic ou Delphi, ele apenas poderá ser rodado em sistemas operacionais da Microsoft (Windows) e com isso o custo incrementa já que o usuário deve ter o sistema operacional licenciado, a não ser que a empresa use da pirataria, mas ai vem à multa no caso de fiscalizações.
Falo com a certeza de quem desenvolveu por mais de oito anos nessas linguagens, e hoje aprendi que as coisas mudaram. Quando compramos um sistema desenvolvido em Java, por exemplo, o mesmo pode rodar em qualquer sistema operacional, incluindo os gratuitos, como o Linux, sem falar nos palmtops, celulares, etc.
Analisando esses dois quesitos, que por mim são julgados os mais importantes, já será um grande passo de não optar por uma escolha errada na hora de adquirir um sistema para a empresa e que vai fornecer dados para tomada de decisões.
Abraços e até a próxima.
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